quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Taí, pú de fora!

Quem é professor deveria ter de quatro a cinco férias ao ano. Não só pela insalubridade do trabalho, mas também porque não tem dinheiro para passar muito tempo num lugar só e acaba ficando entediado dentro de casa o resto do tempo.
Pois é, economizamos uma graninha e fomos para a península de Maraú, situada na costa do Dendê, no sul da Bahia.
Vários caminhos levam a Maraú, há quem prefira deixar o carro em Camamu e seguir de barco, chegar fedendo a óleo e sair carregando a bagagem. Outros preferem ir pela BR 030 a Maraú- Brasília, seguindo por Ubaitaba. Já nós, que estávamos com o carrinho da mamãe, preferimos ir por Itacaré, apreciar a paisagem e torcer para não chover e a gente atolar.
Realmente a vista vale a pena. Ao sair de Itabuna a paisagem já é lindíssima! A estrada para Itacaré então...



(Estrada Serra Grande-Itacaré)


Daí, quando chega em Itacaré bate logo aquela leseira. Aquele trânsito infernal deixa qualquer um com raiva de não ter ido pela BR.
Mas, quando a gente chega na Balsa a raiva passa, pois, a vista é linda! Do lado de Itacaré tem um monte de casa feia, tudo em cima do rio, de longe dá para escutar o pagodão. Do outro lado apenas praia e bromélias.



(Visual do lado de Maraú)

Até acessar o trecho da BR que passa pela península são uns 8 km de areão, se tiver chovendo carro pequeno não passa de jeito nenhum. A gente foi patinando em alguns trechos, eu com o coração na mão... mas valeu a emoção.
Ficamos em Taipú de Fora, numa pousadinha bem simpática perto das piscinas naturais e da casa de Duda Mendonça.
As piscinas naturais são tão naturais que dependem da lua para aparecer. No primeiro dia elas apareceram de madrugada e de noite, no segundo, tivemos que sair cedo do hotel para curtir um pouco, no terceiro ela ficou lá a manhã quase toda, daí eu enjoei e fui pegar jacaré.
Existem certas economias que não cabem numa viagem como esta, como por exemplo deixar de alugar o colete, o snorkel e o pé de pato (R$:45,00) que dão uma maior liberdade e segurança nos mergulhos.
Fiquei impressionada com o silêncio debaixo d`agua. Dá para ouvir até o movimento dos peixinhos. E por falar neles, que gracinha, não estão nem aí para a gente ficam entrando e saindo dos buraquinhos dos corais, fazendo o quê eu não sei.
Um outro investimento que vale a pena fazer é alugar uma máquina digital aquática (R$: 40,00). Eu aluguei uma para o grupo, ficou 13 reais e uns quebrados para cada família. Teve um amigo nosso, por exemplo, que disse que viu uma moréia, ninguém acreditou, daí ele foi lá e fotografou a bichona. Ieca, é feia a coitada, viu? Fora as poses ridículas que só dá para fazer quando está debaixo d`agua.


(Taí a moréia que Ricardo viu)

No penultimo dia, ninguém aguentava mais as piscininhas e fomos dar um passeio pelas ilhas do lado de dentro da península. Como estávamos em grupo, optamos por alugar uma lancha com exclusividade só para nós. Nada de cheiro de óleo queimado, nada de paradas rápidas, nada de axé ou reaggae. Nós é que fazíamos a hora e montávamos o roteiro. Foi muito legal! aconselho quem for em grupo a fazer o mesmo.Fica um pouco mais caro do que se for de escuna coletiva (R$ 25,00), mas vale a pena.
O momento mais emocionante da viagem foi atravessar o banco de areia para a Ilha da Pedra Furada com água na cintura pois a maré tava alta. Foi uma aventura e tanto nossa luta contra a correnteza para chegar do outro lado e ver... uma pedra furada e uma casa velha.
Quem não teve coragem de enfrentar o desafio ficou tão apreensivo que nem foto lembrou de tirar.
Uma outra aventura foi enfrentar nosso estômago e o desconforto de ter que viajar 8 km subindo e descendo monte de areia para ir comer em Barra Grande, até descobrirmos uma pizzaria mais do que ótima bem pertinho de nosso Hotel. Íamos andando, contando histórias de terror e assustando os adultos do grupo (eu e Pedro somos crianças, ora bolas!.
Valeu cada segundo da viagem, a companhia foi maravilhosa, Pedro me surpreendeu com suas iniciativas e seu senso de orientação, valeu amor! Foi o melhor presente de aniversário que você poderia me dar.


(Eu e Pedro no pier de Barra Grande)

2 comentários:

Anônimo disse...

Aline, adorei sua viagem a Barra Grande! Eu sou a única que ainda não conhçe!!! Bem, como todo mundo foi, menos eu, quero ver se vou no Carnaval.. hehehehe. Assim para de ficar invejando.

Sobre o Atacadão, menina, te digo uma coisa, eu adoro cogumelo, e vc pode fazer tantos pratos com eles, que num instante acaba.. vc já fez macarrão com creme de leite e cogumelos?? se quiser te passo a receita :P

Beijocas

Deby disse...

Tinha moréia lá??
Se soubesse não teria me aventurado tanto pra ver os primos de Nemo.
ô, gata!! Vc só pegou maré cheia. Passei pelo fura pé com água no tornozelo.
Barra é linda mesmo.
bjinho