quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Galileu & Eu, Eu & Galileu



Quem nunca teve um cãozinho que atire a primeira pedra. Mas,esses bichinhos entram em nossas vidas, fazem uma bagunça e a gente ainda acha bom.
Acabei de chegar do cinema, assisti Marley e Eu. Nunca li o livro, mais por falta de oportunidade do que de interesse. Lá fui eu, chorar aos berros no cinema e pagar o maior mico.
Mas foi impossível me controlar, pois, minha vida tem um Marley e o nome dele é Galileu.

No meio do ano passado, meu marido resolveu dar de presente de aniversário para Elaine um cachorrinho na ninhada de Belinha, uma labradora marrom muito obediente e silenciosa. Confesso que das primeiras vezes que visitei a "alcatéia" não me entusiasmei. Um mundo de cachorro me mordendo, me (z)unhando. Pois eis que da ultima vez, encontramos um cachorrinho no canto, dormindo enquanto os irmãos faziam a maior banquete com minha calça e o meu cadarço.
Meu marido escolheu Galileu pelo tamanho da cabeça, eu o escolhi porque ele me escolheu primeiro. Não tive escolha, fui completamente arrebatada.

Além de ser labrador amarelo de focinho fino, as semelhanças entre Marley e Galileu não param por aí. Galileu comeu meu colchão, meu capacho, destruiu minha horta atrás de um gato, enfim, foi um cachorro curioso e ativo, como qualquer bom labrador.

Até que um dia ele amanheceu triste, não conseguia levantar e chorava muito. Foi internado duas vezes. O diagnóstico: Displasia coxo femural, uma doença hereditária que impede o desenvolvimento da pélvis causando dificuldade de locomoção e muita dor. Foram dois meses de muito sofrimento, para ele e para mim. Eu ia visitá-lo no hospital e encontrava um cãozinho triste e prostrado. Uma dor de ter que me separar dele para sempre!
Mas graças a Deus, ele melhorou. Começou a tomar suplemento alimentar e aprendeu a nadar.
Às vezes ele ainda olha triste, cabisbaixo, senta num canto e lá fica, só balançando o rabo de longe, nem adianta chamar.

Galileu não é meu, não mora comigo. Mas eu sei que de alguma forma, ele me acha dele. Quando chego, ele esquece de tudo e vem pular em mim, onde eu estou ele encosta, deita do meu lado, me vigia quando estou fazendo xixi. Eu tento retribuir com afagos, biscoitos e com todo o meu coração.

Não sei quanto tempo Galileu ficará com a gente. Mas sei que é o melhor cão do Mundo!

2 comentários:

DJAMAN BARBOSA disse...

1 - Cães que escolhem a gente tendem a não nos obedecer, pois se acham o líder da matilha. Cometi esse erro uma vez e só as duras penas recobrei (parcialmente) a liderança aqui em casa.

2 - Se ao invés de escrever a história num post, você romanceasse ela, hoje eu estaria pagando ingresso para enriquecer sua conta bancária!

Deby disse...

Galileu é apaixonante, mesmo!!!
Não quero saber o final do filme, tô louca pra assistir, mas aqui nessa vila de Itabocas, tudo chega tarde....aff!!!
bjocas, gata