quinta-feira, 23 de julho de 2009

Surpresas no meu jardim

Tem duas coisas que eu quero falar neste post.
Uma delas é sobre as ilustres visitas que recebemos diariamente no nosso jardim: três beija-flores diferentes. Apesar de não termos o hábito de colocar água com açúcar para atrair os bichinhos, eles sempre vêm nos prestigiar no final da manhã ou no começo da tarde. São três beija-flores diferentes, um bem comprido- azul-escuro que parece uma fada pois ele pára no ar e abre a cauda, é estranho, me dá medo e particularmente me incomoda bastante olhar pra ele- e outros dois pequenininhos, um de peito cinza e costas esverdeada e outro de peito e costas azul.
Ontem, enquanto eu lia as ultimas páginas de "A Cabana", o segundo assunto que eu quero falar, no meu lindo jardim,escutei um som estranho, como um cortador de grama que se aproximava, quando levantei os olhos fui surpreendida por um vulto do que imaginei ser um besourão, depois do pânico inicial, vi que era o beija-flor verde que tinha vindo lanchar. O barulho que fazia batendo as asas era muito alto e parecia mesmo um cortador de grama (vooon-in-oin-voon), achei estranho pois beija-flores não fazem barulho são leves como o vento, mas este estava peculiamente recheado, carregava uma pança enorme que mal aguentava sustentar enquanto bebericava a flor e por milésimos de segundos, tinha que parar um pouco no ramo pra descansar e vi as perninhas finíssimas da beija-flor mamãe, foi emocionante, um presente dos céus mesmo e ela ainda demorou alguns segundos antes de ir embora, sua refeição foi mais longa do que se seu colega de espécie (ou seria marido) tinha feito minutos atrás.
Bom, pulemos agora para o outro assunto. Ouvi minha irmã, Elaine comentado sobre um livro que queria ler e presenciei ela comprando 10 exemplares para distribuir entre suas amigas, A Cabana chamou a minha atenção há alguma tempo, recomendações dos mais variados tipos de pessoas saltavam nas revistas, na internet e até na igreja. E de fato há alguma coisa de especial neste livro pois não parei de ler desde que peguei "emprestado" de minha outra irmã, Leila (tá entre aspas porque ela não sabe que me emprestou). Terminei o livro com a mesma sensação de quando terminei de ler Nephilim, ou seja, sem saber se era verdade ou ficção, até procurar mais informações sobre o livro e ver que é pura ficção mesmo.
A Cabana fala do relacionamento de Deus com os homens de uma forma não religiosa e em uma das falas do livro, Jesus (um bonitão narigudo)diz que detesta religião do mesmo jeito que detesta economia e política e que nem ele é cristão. No livro, o personagem principal é levado a uma cabana onde sua filha menor fora brutalmente assassinada e lá encontra com três figuras bem excêntricas: Deus- uma negra enorme que passa o tempo cozinhando e soltando piadinhas- além de cantar rap, O Espírito Santo, uma japa que aparece e desaparece toda hora e Jesus um carpinteiro de braços fortes e nariz grande.
O livro também pega carona no fenômeno do boca a boca e no final faz um apelo a isso, no estilo daqueles spans que a gente recebe direto, sabe?
Não sei exatamente qual a minha impressão do livro, eu acho que livros mais bem escritos já trataram este tema como o belíssimo O Apostolo dos pés sangrentos e o super legal Nephilim. Mas não há como me sentir mobilizada pela história, ainda mais quando durante a leitura sou surpreendida pela familia beija-flor em uma de suas refeições. Alguém mais aí leu?

3 comentários:

Dorinny Lisboa disse...

Eu li a uns dois meses, mas que os beija-flores têm a ver com o livro mesmo? Essa parte eu não entendi, se ao menos fossem joaninhas, rs...

Deby disse...

Mainha tah lendo e depois eh Carol.
Não me convenci ainda se quero ler.
Vou pensar no assunto depois que terminar "O último adeus de Sherlock Homes".
Mas o que eu queria era ver os beija-flores. Será que estarão aí no fim-de-semana??
bjocas

Helma disse...

Eu li! E confesso que fiquei impressionada. Sei que se trata de ficção, mas ainda não tinha lindo (fora na Biblia) um texto que tratasse da graça, do amor e do perdão de Deus de uma maneira tão clara, suave ao mesmo tempo profunda.
Só que ainda não sei descrever o que "senti".
Beijocas