segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Saudades da TEO

Ontem meu sobrinho mais velho, João Marcos, de 8 anos se batizou. Quando pergutaram ele o porquê dele se batizar, não teve dúvidas e respondeu: "porque eu aceitei a Jesus Cristo como Senhor da minha vida".
Foi uma festa linda! Eu assisti de camarote, do lado do batistério, querendo filmar mas, com os olhos marejados não sei se consegui.

Quando o pastor perguntou se ele aceitava a Jesus como Senhor e Salvador e ele respondeu: "ACEITO"ao invés de descer às águas, como manda as regras do batismo por imersão, ele olhou para mim com aquela carinha redonda e sorriu. Um sorriso de satisfação. Um sorriso que só que é verdadeiramente FILHO DE DEUS pode dar. E então, mergulhou para a vida eterna.

Ahhh Joãozinho!

Esse momento me trouxe muitas lembranças. Lembrei das diversas vezes que João nos surpreendeu com um interesse incomum, para uma criança, pelas coisas de Deus.

Lembro de um Natal, que estávamos brincando de fazer naviozinho com o boletim durante um culto. E quando o pastor falou em "menino Jesus", ele perguntou: "tia Aline, tem 2 Jesus é? Um menino e outro grande que morreu na cruz?". Nessa época ele tinha apenas 2 aninhos.

Lembrei também de meu batismo. Da emoção que é tá lá na frente dizendo para todo mundo: "olha só a escolha que eu fiz, agora que eu sou de Deus, escolhi pertencer a esta igreja e vou zelar por ela".

Chorei mais ainda.

Quando eu sai de casa, não tinha nem completado 16 anos. Lembro que fiquei no passeio do apartamento em Itabuna, chorando copiosamente, enquanto via minha mãe se distanciar.

Não fazia idéia de como aquele momento estava sendo definitivo para mim.

Numa cidade estranha, cheia de urubus, com um mau cheiro peculiar as únicas pessoas que conhecia eram da família.

Por influência de minhas primas e pela proximidade com a minha nova casa, comecei a frequentar a TEOSÓPOLIS.

No começo era meio estranho. Muito estranho.
Não conhecia ninguém. Um povo estranhamente alegre, pirracento, divertido.

Fui me aproximando dos amigos de minhas primas, depois dos amigos de minhas irmãs, até eu me sentir segura para fazer minhas próprias amizades.

Gente muito boa. Muito boa gente!

As reuniões de adolescentes eram um capítulo a parte. Toda vez que Wellington ia falar eu já sabia que ia ser risada certa, Júnior Brandão falava com a mesma leveza que cantava, tia Da Paz sempre solícita e atenta, Da Graça em sua companhia. Henrique sempre ajeitava as coisas.

Crescemos. Viramos a Turma Jovem.

Fizemos o EJC. Em parcelas. Primeiro eu, Bruno, Neto. Débora e Carol já tinham feito. Daniela se antecipou (shiii, segredo rsrsrsr), por fim Lore, o círculo tava formado.

Uns chegaram de outros lugares, outros se foram.

Lembro do primeiro amigo que saiu. foi o motivo para a primeira reunião do que viria a ser o pequeno grupo mais longevo que já existiu!
Foi na sala do meu "apertamento". Todos agoniados, orando, clamando a Deus Misericórdia. Louvando a Deus!

Lembro do primeiro velório que fui na Teo. Do meu amigo e vizinho, Lucas. Vê-lo estirado, sem sapatos, no caixão não foi nada fácil, com certeza ele diria: "OH Jesus, tenha miserica de my Brother".

Lembro do primeiro amor. Jurava que era para sempre...

Os retiros que não fui. Os congressos que não partipei. As aulas da EBD que faltei. Os EJCs que tive dor de barriga. As reuniões de terça que preferi ficar em casa. Nunca pensei que fosse sentir tanta falta disso tudo.

Ontem, vendo meu sobrindo assumir tanta responsabilidade com tão pouca idade, desejei que ele tivesse mais juízo que eu e aproveitasse cada momento junto a igreja, a igreja que ele escolheu.

Sinto falta do meu pastor. Uma falta quase desumana! O pastor Hélio é um homem memorável!
Na véspera do meu casamento, quando tava uma pilha, ele me confortou de uma forma sui generis. Foi um abraço sem abraçar. Que só quem tem plena confiança em uma pessoa pode receber.

Ele e Cida têm uma importância fundamental na minha vida. Fundamental de fundamento mesmo. Tenho por eles um amor de família. Uma família que Deus me deu.

Também pudera, foi através dEle que eu permiti que o Espirito Santo me tocasse, foi pelas suas mãos que fui batizada. Foi pela sua voz que Deus levou muitas mensagens, a maioria que ouvi.

Hoje, o que mais peço a Deus é que Ele me faça amar uma igreja como eu amo a TEO.
Ou me leve de volta.

Estou com saudades.

http://igrejateosopolis.andros.uni5.net/capa/capa/default.asp

5 comentários:

Anônimo disse...

Prima...
Tempo... nostalgia... ou melhor... saudades!!!
Amei o texto gata... e olha q nos batizamos juntas tb... tenho a nossa foto com cabelos molhados!!
Bjo e espero que o Senhor te traga de volta! :)
Amo vc!

Deby disse...

Gata
Eu nem me imagino saindo daqui. Me sinto em casa quando estou na TEO. É a casa do nosso Papai do Céu mesmo....rsrs
Torço pra ele te trazer de volta pra vc não ficar só na saudade.
bjocas cheias de amor

Martins disse...

Muito bem escrito e com ótimas referências de memória! Visualizei e achei tocante.

PS: Suas fotos são ótemas !! :]

Helma disse...

Oi Line

Enquanto lia o texto chorei um bocasdo e me senti ao seu lado no batistério da PIBI e passaeando no tempo da IBT. Vc tb faz muita falta na Igreja e nas nossas vidas. Como não sei escrever assim, quero me apropriar das suas palavras para dizer o quanto a IBT, o Pr. Hélio e Cida são importantes para mim.
Te amo muito.
Saudade
Helma

Anônimo disse...

Line, cada dia mais me encanto com a clareza e espiritualidade dos seus textos. É impossível lê-los sem ver vida em cada uma de suas palavras. Te amo Line, sinto muito orgulho de vc.